Caixa Econômica Federal pede anulação de leilão do terreno do Gasômetro

Banco alega desvio de finalidade e irregularidades no leilão do terreno para estádio do Flamengo.

Redação
Foto: Paula Reis / CRF

A Caixa Econômica Federal entrou com uma petição na Justiça Federal para anular o leilão do terreno do Gasômetro , vencido pelo Flamengo . O banco alega que houve desvio de finalidade na desapropriação do terreno, beneficiando o clube carioca, além de apontar a participação de políticos comemorando o resultado, o que levantou suspeitas sobre a legalidade do processo.

Argumentos da Caixa

A Caixa afirma que o leilão foi realizado exclusivamente para garantir que o Flamengo adquirisse o terreno por um valor abaixo do mercado. Na petição, o banco menciona fotos de políticos usando a camisa do Flamengo e celebrando o resultado, o que caracteriza um possível favorecimento. " Uma verdadeira festa! Festa essa, infelizmente, realizada em detrimento do patrimônio alheio ", afirmou a Caixa .

Além disso, a Caixa destaca que nunca se opôs ao projeto do estádio, mas sim à forma como o leilão foi conduzido, alegando que foi direcionado para beneficiar o Flamengo . " Há prova concreta de ocorrência de um certame direcionado para beneficiar um único ente privado ," enfatizou o banco na ação.

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Ação da Prefeitura

Em resposta, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem tentado acelerar a posse do terreno pelo Flamengo . A Prefeitura pediu urgência na imissão provisória na posse do imóvel, alegando o estado de abandono do terreno do Gasômetro e sua importância estratégica para a cidade. " O imóvel está ABANDONADO e SEM CUMPRIR SUA FUNÇÃO SOCIAL ," argumentou a Prefeitura .

A Prefeitura também depositou o valor do leilão em juízo e iniciou o processo de desapropriação na Justiça Estadual. O objetivo é criar um fato consumado que dificulte a anulação do leilão pela Justiça Federal.

Posição da AGU

A Advocacia-Geral da União ( AGU ) também se manifestou contra a validade do leilão . Em processo separado, a AGU solicitou a suspensão de todos os atos subsequentes ao certame até que a questão seja resolvida pela Câmara de Conciliação da AGU . A União alega que a Prefeitura não cumpriu um acordo firmado em 2013, relacionado a obras no terreno do Gasômetro .

Próximos passos

A posse do terreno é crucial para o Flamengo iniciar a segunda fase do projeto de construção do estádio, que inclui a elaboração do projeto executivo e a definição do financiamento necessário, estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

O Flamengo , por sua vez, deve se posicionar como assistente na ação de desapropriação da Prefeitura , mas ainda não tomou essa medida.

Destaques da matéria

  • Petição da Caixa : Banco alega desvio de finalidade e pede anulação do leilão.
  • Participação de políticos : Suspeitas de favorecimento ao Flamengo .
  • Ação da Prefeitura : Urgência na posse do terreno pelo Flamengo .
  • Posição da AGU : Solicita suspensão dos atos subsequentes ao leilão.
  • Importância do terreno : Essencial para o projeto do novo estádio do Flamengo .

Com informações do site MRN .

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