Direção do Flamengo vive onda quase unânime contra renovação de Gabigol
De conselheiros à diretoria, maioria contra ampliação do vínculo que só vence no fim de 2024
Sem jogos até o começo de novembro, a direção do Flamengo vive dias tensos em função de um assunto extracampo. As notícias sobre a proximidade da renovação do contrato com o atacante Gabigol até o fim de 2028 gerou onda quase unânime contra a decisão entre conselheiros e membros da diretoria.
A negociação é tocada há mais de um ano pelo comando do futebol, liderado por Marcos Braz, que deixou encaminhado acordo para o jogador ampliar o contrato que vence no fim de 2024 e trocar por um outro que se iniciaria já este ano e duraria mais cinco temporadas.
A movimentação foi considerada precoce e ganhou ares de disputa política após a manifestação de um grupo com componentes da situação e da oposição, o FlaFut. Antes disso, porém, já havia muita resistência à decisão por parte de integrantes do Conselho Diretor e do Conselho Deliberativo.
Até o presidente Rodolfo Landim, que acompanhou de perto o dia a dia do futebol recentemente, não está convencido da renovação neste momento. Pessoas próximas ao mandatário entendem que a ampliação do contrato só deveria acontecer no ano que vem. Até junho Gabi não sairia livre.
Quem é a favor da movimentação preventiva, por outro lado, defende que se esperar até 2024 o Flamengo corre risco de pagar mais caro para manter Gabigol. O ponto é que, na visão de quem é contra, o atacante não está em alta no mercado, e o clube não recebeu proposta nenhuma.
O agravante é a má fase do camisa 10, que não marca um gol de bola rolando há três meses. Sem contar o status atual de reserva de Pedro. Desde o começo de 2023, quando assumiu a postura não só de ídolo, mas de liderança, Gabigol caiu de produção em campo, com Vítor Pereira e Sampaoli.
A chegada de Tite não alterou o panorama e até agora também não houve maiores indícios de uma melhora no desempenho. Mesmo assim, a diretoria de futebol colocou a renovação do jogador em pauta, junto com a de outros atletas em fim de contrato, especialmente Everton Ribeiro e Bruno Henrique.
Há o argumento mais recente de que o que aconteceu com Bruno pode se repetir se o Flamengo esperar para renovar com Gabigol. Ver um concorrente direto como o Palmeiras assediar o jogador, como aconteceu com o velocista. O leilão faria o Flamengo gastar mais, tal qual ocorreu com BH.