CBF explica possível pênalti não marcado para o Flamengo no Castelão
A equipe carioca teria reclamado de um toque na bola com o braço por parte do jogador do Fortaleza
Apesar da vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza no último domingo na Arena Castelão, os torcedores do Flamengo ficaram insatisfeitos com a arbitragem da partida.
A principal reclamação foi em relação a um possível pênalti no início do jogo, quando Brítez bloqueou um chute de Pedro com o braço. No entanto, o VAR não estava operando naquele momento, e o juiz da partida, Anderson Daronco não assinalou a falta, deixando os torcedores Rubro-negro s indignados com a decisão.
Na opinião de Wilson Seneme, o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Anderson Daronco, tomou a decisão correta de não marcar a penalidade máxima, uma vez que não havia motivo para fazê-lo.
''Jogador se atira para tentar travar o adversário. E ela passa exatamente por baixo da perna do jogador e, quando ele vai apoiar o braço de apoio, ela toca no braço, o que não caracteriza uma infração. Absolutamente natural a mão de apoio. Não é um braço antinatural, porque se justifica pela queda no chão'', disse durante o ''Papo de Arbitragem'', divulgado pela entidade nesta terça.
Ao analisar o lance ao lado de Seneme, o árbitro Péricles Bassols pontuou que Daronco seguiu o protocolo da partida, mesmo com o problema no VAR.
''Diria que começa muito bem com o campo narrando, dando a primeira informação à cabine. O VAR recepciona a informação e, ao analisar a imagem, encontra exatamente o que o Daronco falou. Durante a transmissão, houve uma informação parcialmente correta de que a área de revisão não estava recebendo sinal de imagem. O Daronco fez o que o protocolo manda, parou o jogo e foi comunicar aos treinadores. E, quando isso aconteceu, ainda não havia dado tempo do Daronco avisar que ela (imagem) havia voltado. Logo depois dessa ação, os bancos foram informados'', explicou.
O árbitro Bassols completa sua opinião dizendo que apesar de o VAR ser um equipamento essencial para a realização de uma partida, mesmo que ele não funcione, a partida acontece normalmente.
''Importante que deu para captar também os treinadores perguntando se poderiam esperar o VAR voltar. E não, sem o VAR o jogo continua normalmente. Não espera a tecnologia se restabelecer'', completou Bassols.
O gol anotado por Pedro, que abriu o placar para o Flamengo , não foi anulado por uma possível falta em Luiz Araújo no início da jogada. Para Seneme e Bassols, Daronco acertou em validar o lance.
''Ele não cai pelo contato que ele teve. Ele cai pela disputa em si. Não foi tocado e derrubado, o que seria uma infração. A gente vê o Daronco muito bem posicionado. Tem contato físico, mas ele toca a bola. O ponto mais forte é com a bola. Já se reclamam que os árbitros param muito, marcam muita falta. Imagine se começar a marcar pelo contato mínimo...'', disse o presidente da comissão de arbitragem.
''No início se falava muito do VAR intervencionista. Isso aqui mede muito bem, para mim, que o árbitro vê o lance e interpreta em campo, a cabine do VAR recebe a informação e atua de acordo com o que está vendo, respeitando a interpretação do árbitro e entendendo a situação'', completou Bassols.