Flamengo e Bolívar: Reconstrução e ambições cruzadas na Libertadores

Quando a bola rolar nesta quinta-feira às 21h30 (de Brasília) no estádio Hernando Siles, em La Paz, Flamengo e Bolívar estarão lutando por uma vaga nas quartas de final da Conmebol Libertadores . Mas fora das quatro linhas, os dois clubes têm mais em comum do que se imagina, especialmente em suas histórias de reestruturação e superação financeira.

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Reestruturação e Superação Financeira

O Flamengo , que no início dos anos 2000 enfrentou graves crises financeiras, iniciou sua reconstrução em 2013, culminando no sucesso e estabilidade atuais. Da mesma forma, o Bolívar passou por momentos críticos após ser vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2004. O clube boliviano chegou a estar à beira da falência, mas foi salvo pela intervenção do empresário Marcelo Claure , que assumiu a presidência em 2020 e implementou um plano de reestruturação baseado em quatro pilares: sucesso esportivo, melhores condições para os jogadores, investimento nas categorias de base e autossustentabilidade.

Investimentos e Parcerias Estratégicas

Marcelo Claure, além de investir recursos próprios, trouxe a expertise do Grupo City para ajudar no desenvolvimento do Bolívar. A parceria inclui desde a gestão de gramados até a indicação de reforços, tornando o clube mais atrativo para jogadores que buscam uma vitrine internacional. Esse processo tem dado frutos, como a construção de novos centros de treinamento e a projeção de jogadores no mercado externo.

O Sonho da Casa Própria

Outro ponto de conexão entre os dois clubes é o desejo de ter um estádio próprio. Enquanto o Flamengo deu o primeiro passo com a compra do terreno do Gasômetro, o Bolívar também iniciou o projeto de construção de sua arena no bairro Tembladerani, em La Paz. Com uma capacidade planejada para 20 mil pessoas, o estádio será um importante passo para fortalecer a presença do Bolívar no futebol sul-americano.

Realidades Paralelas: Diferenças Financeiras

Apesar das semelhanças nas histórias de reconstrução, a realidade financeira dos dois clubes é bem diferente. A folha salarial do Bolívar gira em torno de 8 milhões de dólares por ano, enquanto o Flamengo gasta cerca de 6 milhões de dólares por mês. As diferenças também se refletem nas contratações e vendas de jogadores, com o Flamengo fazendo negócios de valores muito superiores aos do clube boliviano.

Mesmo com essas discrepâncias, ambos os clubes seguem ambiciosos em seus projetos. O Bolívar, com o apoio do Grupo City, espera se tornar autossustentável e continuar a crescer no cenário internacional. Já o Flamengo , busca consolidar sua posição como uma das maiores potências do futebol sul-americano.