ONG Educafro processa Flamengo por racismo estrutural

ONG Educafro pede indenização milionária ao Flamengo por práticas discriminatórias

Redação
Foto: Reprodução / Google Street View

A ONG Educafro moveu um processo contra o Flamengo buscando uma indenização de R$ 100 milhões por danos morais coletivos. Alegando a prática de racismo estrutural ao longo de décadas, a instituição aponta questões como a elitização dos estádios devido aos preços dos ingressos e a falta de reconhecimento de ídolos negros.

A petição e os pedidos da Educafro

O documento de 38 páginas, divulgado pelo DIA, apresenta uma série de demandas. Dentre elas, estão a criação de uma comissão de igualdade racial com participação da sociedade civil, a implementação de cotas raciais em cargos de liderança, programas de educação antirracista e facilitação no acesso aos jogos do clube, com ingressos sociais a R$ 10 e gratuidade para estudantes da rede pública.

Histórico de racismo apontado pela Educafro

A ONG destaca que o Flamengo carrega "marcas profundas de racismo que permeiam o futebol brasileiro", mencionando casos de discriminação envolvendo ícones como Adílio e Andrade. A associação critica atitudes recentes de dirigentes do clube que minimizaram a gravidade do racismo nos estádios sul-americanos.

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Resposta da Educafro e convite ao diálogo

O fundador da Educafro, Frei David, considera a repercussão do processo um avanço no debate sobre o racismo, cobrando ações mais efetivas do Flamengo . Ele ressalta a disposição da ONG em dialogar e propõe um acordo para promover a conciliação.

Posicionamento do Flamengo

A assessoria do Flamengo informou que o clube ainda não foi oficialmente notificado sobre a ação. Em caso de citação, o clube planeja responder à acusação. O Flamengo classificou a iniciativa da Educafro como "lamentável e oportunista", destacando mudanças recentes em seu estatuto para combater o racismo estrutural.

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