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Clubes acumulam R$ 12 bilhões em dívidas; Flamengo entre os menos endividados

Confira a lista atualizada dos clubes com as maiores dívidas no futebol brasileiro!

Redação
Foto: Divulgação/Corinthians Augusto Melo

O futebol brasileiro, além das paixões e rivalidades, também é marcado por desafios financeiros intensos. Em 2024, a dívida total dos clubes brasileiros chegou a impressionantes R$ 12 bilhões, segundo levantamento da consultoria Sportsvalue. Esse número representa um crescimento preocupante em relação a 2023, quando o montante era de R$ 10 bilhões. O destaque negativo vai para o Corinthians, que lidera o ranking com uma dívida próxima dos R$ 2 bilhões, revelando uma crise estrutural que impacta diretamente o desempenho esportivo e a estabilidade institucional do clube.

Corinthians afunda em crise financeira

A situação do Corinthians é crítica. De acordo com relatório oficial divulgado pelo clube, há um rombo bilionário dividido entre investimentos no futebol (R$ 107 milhões), contas a pagar (R$ 192 milhões) e dívidas acumuladas de gestões anteriores (R$ 191 milhões). A má gestão, somada à ausência de um planejamento sustentável, colocou o Timão no epicentro de uma das maiores crises da história recente do futebol nacional.

Atlético-MG, Cruzeiro e Vasco também enfrentam dificuldades

Outros clubes tradicionais seguem caminho semelhante. O Atlético Mineiro ocupa a segunda posição no ranking, com R$ 1,4 bilhão em dívidas, seguido por Cruzeiro (R$ 981 milhões) e Vasco da Gama (R$ 928 milhões). Essa concentração de dívidas em clubes historicamente relevantes evidencia a urgência de uma transformação na gestão esportiva e financeira.

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Flamengo se destaca pela solidez econômica

Na contramão desse cenário turbulento, o Flamengo aparece como um dos exemplos de boa administração. Mesmo figurando na 13ª posição da lista, com R$ 353 milhões em dívidas, o clube carioca apresenta um equilíbrio financeiro muito superior ao de seus concorrentes diretos. Com receitas robustas, profissionalização da gestão e investimentos sustentáveis, o Rubro-negro se posiciona como uma referência em governança dentro do futebol brasileiro.

Clubes que zeraram suas dívidas

Outro dado curioso do levantamento é que dois clubes da Série A registraram dívida zero: o Athletico-PR e o Cuiabá. Esses resultados refletem políticas administrativas rígidas e um modelo de gestão focado na eficiência operacional e no controle de gastos.

Ranking atualizado dos clubes mais endividados do Brasil

  • Corinthians: R$ 1,9 bilhão
  • Atlético Mineiro: R$ 1,4 bilhão
  • Cruzeiro: R$ 981,1 milhões
  • Vasco da Gama: R$ 928,5 milhões
  • São Paulo: R$ 852,9 milhões
  • Internacional: R$ 834,8 milhões
  • Palmeiras: R$ 825,3 milhões
  • Bahia: R$ 821 milhões
  • Santos: R$ 645,2 milhões
  • Fluminense: R$ 632,8 milhões
  • Grêmio: R$ 562,3 milhões
  • Red Bull Bragantino: R$ 414,2 milhões
  • Flamengo: R$ 353 milhões
  • Vitória: R$ 307,2 milhões
  • Fortaleza: R$ 115,3 milhões
  • Ceará: R$ 56,9 milhões
  • Atlético-GO: R$ 30,9 milhões
  • Athletico-PR: R$ 0
  • Cuiabá: R$ 0

Perspectivas e caminhos para o futuro

Com o cenário financeiro cada vez mais exposto, cresce a necessidade de transparência e profissionalização na gestão dos clubes. Além de comprometer o desempenho esportivo, o endividamento excessivo ameaça a sobrevivência de instituições centenárias. Modelos de SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), auditorias externas e políticas de responsabilidade fiscal surgem como alternativas viáveis para reverter esse quadro.

Clubes como Flamengo, Athletico-PR e Cuiabá demonstram que é possível manter a competitividade sem comprometer a saúde financeira. A adoção de práticas modernas de governança e o foco em sustentabilidade devem ser prioridades na agenda do futebol nacional.

Destaques da Matéria:

  • Corinthians lidera ranking de dívidas com quase R$ 2 bilhões.
  • Flamengo figura entre os menos endividados, com R$ 353 milhões.
  • Total das dívidas dos clubes brasileiros chegou a R$ 12 bilhões em 2024.
  • Athletico-PR e Cuiabá são os únicos com dívida zero.
  • Gestão responsável é vista como caminho para reverter o cenário.

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