Briga entre Flamengo e Conmebol por Maracanã incomoda Fluminense
CBF envia ofício para defender mudança de planos de jogo do Rubro-Negro com o Bragantino
O impasse entre Flamengo e Conmebol sobre a partida contra o Bragantino, às vésperas da decisão entre Boca Juniors e Fluminense, respinga para todos os lados. Existe irritação que vai de Luque, sede da Conmebol, até as Laranjeiras, sede do Fluminense. A postura do Flamengo, que diz não abrir mão de jogar pelo Brasileiro no dia 28 ou 29 no Maracanã, provoca crise inesperada antes da decisão.
Nesta semana, para costurar possível acordo, a CBF elencou para a Conmebol as razões da mudança de planos do Flamengo. Mais do que isso: o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, viajou a Luque, no Paraguai, para reuniões na sede da Conmebol. Isto porque havia acordo anterior para o Rubro-negro atuar durante esta data Fifa contra o Bragantino, o que não interferia no planejamento da final da Libertadores. Porém, a CBF alertou para o critério de três jogos consecutivos fora de casa dos paulistas e concordou com o posterior pleito do Flamengo - ou seja, queria mandar o jogo no Maracanã diante da mudança de cenário.
Por outro lado, diferentemente do que aconteceu em 2020, na decisão entre Palmeiras e Santos em janeiro de 2021, desta vez a Conmebol solicitou o Maracanã ao Governo do Estado do Rio de Janeiro - houve a concordância do dono do equipamento público, que está sob concessão provisória a Flamengo e Fluminense desde 2019, mas com bem menos condições e concessões.
Há outro impasse na gestão dos camarotes. A Conmebol vai ter direito a todos os camarotes do 3º andar no lado Oeste, mas o consórcio Maracanã, que tem por contrato o Flamengo como beneficiário principal, negocia os do lado da Leste e os do 2º andar. Os preços estão na casa dos 1,5 mil dólares por assento - são 20 lugares por camarote. O que significa que um camarote pode sair por R$ 150 mil. Mas nem as vendas começaram nem os valores foram divulgados.