Flamengo avança na construção de estádio próprio com projeto sustentável
Marcos Bodin atualiza sobre o novo estádio do Flamengo, com custo de até R$ 2 bilhões.
Flamengo avança no projeto de estádio próprio, sem gerar dívidas
O Flamengo deu mais um passo importante em direção à construção de seu tão aguardado estádio próprio. Segundo o novo vice de Patrimônio do clube, Marcos Bodin, o projeto está sendo desenvolvido de maneira cuidadosa para garantir que a arena “se pague” e não gere dívidas para o clube, mesmo com o custo estimado em até R$ 2 bilhões para a construção.
“É impressionante e surpreendente como o estádio vai conseguir se pagar. O combinado é orçamento zero e dívida nenhuma”, afirmou Bodin em entrevista ao GE. O dirigente explicou que o estádio terá uma série de formas de gerar receita, incluindo a venda de naming rights e cadeiras cativas, além de outras ativações que tornarão o projeto financeiramente viável.
Estádio inovador com hotel interno inspirado no Tottenham
Entre as inovações do projeto está a ideia de construir um hotel interno no estádio, inspirado no que já faz o Tottenham da Premier League. A intenção é reduzir o desgaste das longas viagens entre o Ninho do Urubu, que fica a cerca de 45 km do centro da cidade, e o estádio.
“Existe hoje a hipótese de fazer alguns quartos dentro do estádio para a apresentação dos jogadores. O jogador já se apresenta direto lá no dia do jogo. O Tottenham é assim. (O jogador) vai estar mais descansado, mais ligado no jogo”, explicou Bodin.
Além disso, o hotel também poderá ser utilizado para gerar receitas adicionais ao Flamengo, com a possibilidade de alugar os quartos para torcedores e turistas durante a semana. “Imagina quanto não vale dormir na concentração do Flamengo?”, brincou o vice de Patrimônio, destacando o potencial de novas formas de arrecadação.
Projeto final do estádio será apresentado em novembro
Bodin revelou que o projeto conceitual final do estádio deve ser concluído até novembro deste ano. "Acho que (vai demorar) de três a quatro meses. O projeto não é barato, mas é hora de gastar muita energia nele para que não se mude depois", destacou o dirigente, enfatizando a importância de um planejamento detalhado para evitar revisões posteriores.
Disputa judicial atrasa início das obras
Apesar do avanço no desenvolvimento do projeto, o início das obras ainda depende da resolução de uma disputa judicial envolvendo o terreno do Gasômetro, local escolhido para a construção do estádio. O vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, explicou que a Caixa Econômica Federal ainda precisa liberar a posse do terreno para que o clube possa começar os estudos e projetos necessários.
“A imissão de posse é super importante para que a gente possa entrar no terreno e começar a fazer os estudos”, explicou Dunshee. Segundo ele, o processo é uma simples desapropriação de um terreno privado, mas a situação está sendo tratada de forma mais complexa por envolver o Flamengo. “Temos certeza que no final dessa história, todos vão enxergar que estão sendo beneficiados com a desapropriação”, completou.
Impacto positivo para a região
Dunshee ainda ressaltou que a construção do estádio trará benefícios econômicos significativos para a região, valorizando o entorno do terreno e gerando ganhos para quem possui Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) na área. “Fazendo um estádio, vai valorizar muito o entorno”, afirmou o dirigente, otimista quanto à resolução do imbróglio.
Destaques da Matéria:
- Marcos Bodin afirma que o estádio do Flamengo será autossustentável.
- Projeto incluirá hotel interno, inspirado no Tottenham, para gerar mais receitas.
- Estudo final do estádio será apresentado até novembro de 2024.
- Disputa judicial com a Caixa Econômica Federal ainda trava o início das obras.
- Construção do estádio deverá valorizar o entorno e beneficiar a região.
Fonte: Com informações da ESPN Brasil