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Flamengo tem redução do caixa e enfrenta aperto financeiro após série de gastos

Com receita superior a R$ 1 bilhão, o Flamengo vê sua disponibilidade de caixa cair.

Redação
Foto: Paula Reis / CRF Presidente do Flamengo, Landim assina termo de compra do terredo do Gasômetro

O Flamengo, que registrou receitas superiores a R$ 1 bilhão no último ano, enfrenta desafios financeiros após realizar uma série de grandes investimentos. Ao final do primeiro semestre de 2024, o clube possuía cerca de R$ 187 milhões em caixa, valor que foi significativamente reduzido devido a compromissos recentes, como a compra do terreno do Gasômetro, onde será construído o novo estádio.

Na reunião do Conselho Deliberativo, realizada na última quinta-feira, foi apresentado o cenário financeiro do clube. O Flamengo investiu R$ 146 milhões na aquisição do terreno, o que diminuiu consideravelmente suas reservas. Além disso, aproximadamente R$ 120 milhões do caixa são oriundos das receitas do Maracanã, divididas igualmente com o Fluminense.

Outro fator que impactou as finanças do clube foi a antecipação de R$ 56 milhões da Rede Globo, referentes ao contrato de direitos de TV do Campeonato Brasileiro de 2025. Embora esse montante tenha aumentado temporariamente o caixa, trata-se de uma receita futura antecipada, o que gerou preocupação em parte dos conselheiros.

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Grandes investimentos e aumento de despesas

Sob a gestão de Rodolfo Landim, o Flamengo fez investimentos substanciais no elenco. Recentemente, o clube gastou R$ 110 milhões na contratação de Carlos Alcaraz e outros R$ 23 milhões na aquisição de Gonzalo Plata. Esses valores, somados aos altos salários e luvas de novos contratados, como Alex Sandro e Michael, têm pressionado ainda mais as finanças do clube.

De acordo com as demonstrações financeiras, a dívida do Flamengo com a compra de jogadores atingiu R$ 271 milhões no meio do ano. Embora o clube tenha uma previsão de R$ 208,8 milhões em receitas futuras com vendas, a diferença aumentou devido à ausência de grandes negociações recentes.

Estratégia para recompor o caixa

Para melhorar a situação financeira, Landim sugeriu a venda de 1.000 cadeiras do novo estádio, o que poderia gerar R$ 150 milhões em receitas. No entanto, essa proposta ainda não foi aprovada pelo Conselho, e as obras do estádio ainda não começaram. Além disso, alguns membros criticam a ideia de antecipar receitas futuras para solucionar os problemas atuais.

Apesar da redução no caixa, o Flamengo mantém uma dívida líquida relativamente baixa, de R$ 167 milhões, o que indica uma margem para se endividar caso seja necessário no futuro.

A situação financeira do Flamengo reflete a política de investimentos agressivos da gestão atual, que agora busca alternativas para equilibrar as finanças enquanto tenta manter sua competitividade no futebol.

Destaques:

  • Flamengo viu seu caixa diminuir após gastar R$ 146 milhões na compra do terreno do novo estádio.
  • O clube investiu R$ 110 milhões em Carlos Alcaraz e R$ 23 milhões em Gonzalo Plata, além de enfrentar aumento de despesas com novos jogadores.
  • A dívida relacionada à compra de atletas chegou a R$ 271 milhões, com previsão de R$ 208,8 milhões em receitas futuras com vendas.
  • Landim sugeriu a venda de cadeiras do novo estádio para gerar receita e recompor o caixa.

Com informações 'UOL', 'Rodrigo Mattos'.

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