Landim detalha operação de possível SAF no Flamengo em reunião do Conselho
Reunião do Conselho Deliberativo ocorreu na última segunda-feira (27), na Gávea
Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim já manifestou o interesse em tornar o Mais Querido em Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Para o mandatário, o Rubro-negro só tem a crescer no mercado brasileiro e internacional com a venda de parte do clube. Na última segunda-feira (27), em reunião do Conselho de Futebol, Landim detalhou como funcionaria a SAF na equipe.
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“Quando falo de uma SAF é o seguinte: levando em consideração a dívida de 300 e tantos milhões que a gente tem, dentro de operação global… uma coisa que a gente faz no mercado é avaliar o valor da empresa retirando a dívida. Por baixo, a gente consideraria que o Flamengo tem R$ 3,5 bilhões de valor. Para mim vale mais, vale R$ 5 bilhões.
Se a gente fizesse por menos, com R$ 3,5 bilhões de valor, a gente tem 5 mil sócios aqui no clube, que são proprietários. Se dividir isso por 7 mil, dá uns R$ 500 mil. Se você faz uma empresa “Flamengo” e dá para cada sócio-proprietário uma ação de uma empresa chamada SAF, ele continua sendo sócio do clube, frequentando o clube, continua a ter o poder de definir o que a gente estava definindo aqui, a cor da camisa. Quem vai mandar no clube, ao contrário do que existe nas outras SAFs, é o Flamengo. Não vamos ser os outros clubes.
Se você vende uma parcela minoritária, você não está vendendo o que o Vasco fez, que agora o Pedrinho está lá falando que quer discutir o contrato que diz que são sete conselheiros, dos quais o Vasco indica dois e a 777 indica cinco. Então, o Vasco fica meio que submetido a 777. A voz que o clube Vasco tem dentro da própria SAF Vasco é nenhuma, assim como é no Botafogo, nenhuma, assim como é no Cruzeiro, nenhuma. Esse exercício eu fiz para mostrar que, se o Flamengo valesse uns R$ 5 bilhões, que é o que eu acho que vale, se a gente vendesse, poderíamos fazer uma venda primária ou secundária. A gente poderia levantar todo o recurso necessário para a construção de um estádio sem nós perdemos valor nenhum de governança dentro da SAF de futebol.
Não vai virar o Vasco, porque quem vai ser o gestor da SAF vamos ser nós, não vai ser o presidente da SAF, porque podemos tirar ele. O foco é construirmos um estádio sem ter o problema que os outros clubes tiveram. O Corinthians teve que se endividar. O Flamengo, que essa gestão financeira saudável que a gente está propiciando para o Flamengo, pode permitir que o Flamengo venha a construir o estádio sem se endividar. Ter o nosso estádio sem precisar se endividar e sem perder o poder de governança.
Você tem que escolher o que você faz. Se você quer ter o estádio e não quer se endividar, você tem que chamar capital, e nada melhor do que chamar capital para o Flamengo, no momento […] Sei bem como funciona, passei minha vida inteira fazendo isso (risos). O Flamengo não é de terceiros, é de todos nós, sócios-proprietários do clube”.
FLAMENGO MIRA TERRENO DO GASÔMETRO
O Flamengo manifestou o interesse em comprar o terreno do Gasômetro, no Rio de Janeiro, para a construção do estádio próprio. O Rubro-negro, inclusive, iniciou negociação com a dona do terreno, a Caixa Econômica Federal, para ter o local à disposição. Contudo, as tratativas seguem lentamente e ainda não houve um desfecho. Logo depois de conseguir o terreno do Gasômetro, o Flamengo terá o aval para construir o estádio. A ideia de Landim, desse modo, é fazer o Mais Querido virar SAF para conseguir dinheiro suficiente para ter a praça esportiva sem precisar ter um grande endividamento. Para 2024, portanto, o objetivo do mandatário é convencer os conselheiros a aprovarem o projeto.
