O que mudou para Gabigol nos últimos quatro anos no Flamengo?
Atacante foi protagonista nas conquistas das duas Libertadores e dois Brasileirões
Há exatamente quatro anos, Gabigol escrevia seu nome na história e se colocava como um dos maiores jogadores do Flamengo. No dia 23 de novembro de 2019, o atacante foi responsável por tirar o Rubro-negro da fila e dar um título de Libertadores aos torcedores após 38 anos de espera.
Quatro anos mais tarde, o camisa 10 não vive seu auge com a camisa do Mais Querido, é questionado e, atualmente, amarga a reserva da equipe comandada por Tite. O Lance! busca explicar o que aconteceu na carreira de Gabi nesse período, onde o príncipe da Gávea deixou o trono para o banco de suplentes.
Contratado por empréstimo no início de 2019, Gabigol viveu o melhor ano de sua carreira em uma temporada mágica para o Flamengo, que encerrou com os títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Nas duas competições, o atacante foi protagonista e principal responsável pelos troféus erguidos.
Além de ter sido artilheiro em ambas as competições, o camisa nove entrou para a história do Rubro-negro com os dois gols marcados na final da Libertadores diante do River Plate nos últimos minutos do jogo. O feito fez com que o Mais Querido saísse da fila de 38 anos desde a primeira taça continental.
Em 2020, o Flamengo viveu um período turbulento após a saída de Jorge Jesus e foi eliminado de forma precoce da Libertadores e da Copa do Brasil sob comando de Rogério Ceni. No entanto, Gabigol foi essencial na conquista do Brasileirão marcando seis gols nas últimas sete partidas e sendo responsável pela arrancada da equipe no torneio.
SEM O MESMO SUCESSO
Nos anos seguintes, Gabigol não conseguiu ter o mesmo sucesso que obteve em suas duas primeiras temporadas. Embora tenha sido artilheiro da Libertadores em 2021 com 11 gols marcados, o Rubro-negro viveu uma série de oscilações na reta final e não conseguiu conquistar títulos relevantes.
Em 2022, o jogador deixou de atuar como um centroavante no comando de Dorival Júnior e passou a atuar como um segundo atacante para dar espaço para a entrada de Pedro na equipe titular. Apesar dos números abaixo do que havia apresentado nos últimos anos, o atleta marcou o gol do tricampeonato da Libertadores sobre o Athletico-PR.
JEJUM, LESÃO E BANCO
Na atual temporada, Gabigol vive seu pior momento desde que chegou ao Flamengo. São apenas 18 gols marcados, além de já ter amargado o banco de reservas com Vítor Pereira, Jorge Sampaoli e, mais recentemente, com Tite. O atacante não balança as redes desde o dia 20 de agosto, onde marcou na vitória de seu time sobre o Coritiba, pelo Brasileirão.
A má fase do camisa 10 da Gávea coincide com o único ano dos últimos cinco em que o Rubro-negro não conquistou troféus, embora ainda tenha chances remotas no Campeonato Brasileiro. Mas além de um futebol abaixo do que já apresentou, o jogador também com vive com um problema extracampo.
De acordo com Márcio Tannure, Gerente de Saúde e Alto Rendimento do Flamengo, Gabigol vem lidando com uma lesão muscular nos músculos adutores há algum tempo, sentindo dores em diversos momentos e uma cirurgia não está descartada, visando uma recuperação plena do atleta para 2024.