Conselho do Flamengo aprova emenda antirracista
Conselho do Flamengo aprova emenda que combate o racismo no clube

O Conselho Deliberativo do Flamengo vai aprovar o patrocínio máster da Betano, que renderá R$ 268,5 milhões por temporada ao Rubro-negro. Além disso, em uma decisão que marca um importante posicionamento, os conselheiros também vão aprovar uma emenda antirracista ao estatuto social do clube na reunião de hoje.
Emenda Antirracista
A emenda inclui dispositivos nos artigos que proíbem qualquer tipo de discriminação e estabelecem punições para atos de racismo ocorridos nas dependências do clube. O Flamengo se compromete a combater ativamente o racismo e a discriminação racial, implementando políticas de conscientização, prevenção, inclusão e repressão a manifestações de preconceito. Haverá também medidas disciplinares para sócios, dirigentes, técnicos, membros da comissão técnica e atletas envolvidos em práticas racistas.
Os associados que cometerem atos racistas poderão ser suspensos por até um ano ou até mesmo excluídos do clube, especialmente em casos de reincidência. Funcionários e prestadores de serviço envolvidos poderão ser demitidos ou ter seus contratos rescindidos, sem prejuízo da responsabilização em outras esferas, como cível e penal.
Contexto e Motivação
A proposta da emenda surgiu em abril, após o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, enviar a sugestão. Isso aconteceu depois que o clube foi o único no Brasil a não assinar um ofício da Conmebol repudiando uma declaração do presidente da entidade, Alejandro Domínguez.
A declaração de Domínguez, comparando a Libertadores sem equipes do Brasil a "Tarzan sem Chita", foi feita após um episódio de racismo envolvendo o jogador Luighi, do Palmeiras.