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Defesa de Bruno Henrique pede arquivamento de inquérito sobre "forçar cartão

Defesa do jogador do Flamengo alega que prática não configura crime. Entenda!

Redação
Foto: Reprodução Instagram Caso Bruno Henrique

A defesa do jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo, solicitou o arquivamento do inquérito policial que o investiga por suposta manipulação de apostas esportivas ao forçar cartão. De acordo com o pedido obtido pelo portal LeoDias, a defesa argumenta que a conduta atribuída ao atleta não se enquadra como crime segundo a legislação brasileira vigente.

Argumentos da Defesa

O documento da defesa destaca que a ação de Bruno Henrique não teria como propósito alterar o resultado da partida, requisito essencial conforme o artigo 200 da Lei Geral do Esporte. Além disso, ressalta que não há previsão legal que penalize o compartilhamento de informações privilegiadas sobre tal prática. A defesa cita a CPI das Apostas Esportivas do Senado, que sugeriu a criação de uma nova legislação específica para casos dessa natureza, não contemplados na legislação atual.

Princípio da Insignificância

Com base no princípio da insignificância, a defesa busca afastar a acusação de estelionato. Os ganhos supostamente obtidos com as apostas, entre R$ 128 e R$ 1.268 por pessoa, totalizando cerca de R$ 15 mil, são considerados "irrelevantes" diante do faturamento anual das casas de apostas, estimado em R$ 12 bilhões, conforme análise do Itaú BBA mencionada na petição.

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Estratégia Tática e Contexto Esportivo

Os advogados argumentam que a prática de forçar cartões como parte de uma estratégia tática é amplamente conhecida no meio esportivo, inclusive sendo encorajada por técnicos e admitida por outros atletas em declarações públicas. A petição ressalta que não houve intenção de manipular o resultado, mas sim de gerenciar questões físicas ou disciplinares para evitar desfalques em jogos fundamentais para o time.

Análise Crítica e Desdobramentos

A defesa questiona a abordagem da Polícia Federal ao tentar enquadrar a conduta como estelionato, mesmo sem envolvimento direto do jogador nas apostas. Argumentam que Bruno Henrique não obteve vantagens financeiras com as apostas e não possui vínculos com os apostadores investigados. A defesa considera ilógico pensar que um jogador com expressiva trajetória no futebol prejudicaria seu próprio clube em benefício de terceiros.

O pedido de arquivamento aguarda decisão da 7ª Vara Criminal de Brasília, que terá o papel de determinar se o inquérito será arquivado ou encaminhado ao Ministério Público. Essa decisão poderá influenciar desfechos de outros casos similares envolvendo atletas e apostas, especialmente enquanto o Projeto de Lei 1.157/2025, que aborda "fraude ao mercado de apostas", está em tramitação no Congresso Nacional.

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