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Era Tite no Flamengo terá dupla de ataque ou pontas?

Setor ofensivo rubro-negro tende a ser o maior quebra-cabeça para o treinador

Foto: Divulgação/ Flamengo Tite no treino

Novo técnico do Flamengo, Tite ainda não esboçou um time nos primeiros treinos no Ninho do Urubu (até porque ele não tem, em tese, três titulares que estão convocados nessa Data Fifa: Gerson, Arrascaeta e Pulgar). Mas algumas características do treinador são conhecidas: há tempos não costuma jogar com três zagueiros; geralmente usa laterais mais marcadores; gosta de meias que pisem na área.

E o ataque? Até pelas muitas opções que o elenco Rubro-negro oferece, o setor ofensivo tende a ser o maior quebra-cabeça a ser montado pelo treinador, que usou diferentes formações de frente ao longo da carreira.

Pegando os times vencedores que Tite teve como exemplo: no Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2001, tinha um 3-5-2 com uma dupla de ataque de mobilidade, com Marcelinho Paraíba e Luis Mário. No Inter ganhador da Sul-Americana de 2008 já era um 4-4-2, mas com um ataque de característica parecida, com Alex e Nilmar, e D'Alessandro vindo de trás.

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O Corinthians multicampeão de Tite foi uma verdadeira metamorfose ofensiva. O time campeão brasileiro de 2011 tinha Liedson como centroavante e Emerson Sheik e Willian como pontas num 4-3-3. No ano seguinte, a equipe que faturou a Libertadores teve dois meias, Danilo e Alex, e dois atacantes, Sheik e Jorge Henrique, que voltava bastante para recompor na marcação.

Com a chegada de Guerrero no segundo semestre, ele passou a fazer a dupla de ataque com Sheik. Mas na final do Mundial de Clubes contra o Chelsea, da Inglaterra, Tite mudou a formação e colocou um terceiro atacante, no caso Jorge Henrique, como um ponta só que mais voltado para ajudar na marcação.

O Corinthians que voltou a ser campeão brasileiro em 2015 também tinha dois atacantes, Vágner Love e Malcom, mas atuava de forma diferente, numa espécie de 4-1-4-1. Malcom era um ponta pela esquerda, enquanto Jadson pela direita era um meia que vinha bastante jogar por dentro.

Já na seleção brasileira, quando podia escolher os melhores do país, Tite deu preferência ao esquema com pontas pelos dois lados. Na Copa do Mundo da Rússia em 2018, optou pelo que chama de "pontas construtores", com Neymar e Willian abertos, jogando de fora para dentro, e Gabriel Jesus centralizado. No Mundial do Catar no ano passado, puxou Neymar para o meio e escolheu pontas mais agudos, Raphinha e Vinícius Júnior, e Richarlison de centroavante.

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