Ex-presidente do Corinthians critica valor do terreno para estádio do Flamengo
Andrés Sánchez questiona leilão do terreno no Gasômetro, onde o Flamengo planeja construir estádio.
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sánchez, criticou publicamente o valor estabelecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro para o leilão do terreno no Gasômetro, onde o Flamengo pretende construir seu estádio próprio. Sánchez, que esteve à frente do Corinthians durante a construção da Neo Química Arena, fez duras críticas no Twitter.
“O funcionário do Flamengo na imprenssa (sic) não comenta nada. O terreno vale 380 milhões e a prefeitura desapropria por 135 milhões. Arena do Flamengo. Ninguém do poder público vai ajudar?”, escreveu Sánchez, acrescentando diversas risadas e questionamentos.
O funcionário do Flamengo na imprenssa não comenta nada o terreno vale 380 milhões e a prefeitura desapropria por 135 milhões kkkkkkkkk arena do Flamengo kk ninguém do poder público vai ajudar kkkkkkkkkkkkkkkk
Continue lendo após a publicidade— Andres Sanchez (@andresanchez63) July 9, 2024
Valor do terreno ainda não definido
Apesar das críticas, o valor final do terreno ainda não está definido. Caso o leilão atraia mais de um interessado, o valor pode aumentar. Além disso, a Caixa Econômica Federal deve questionar na Justiça o valor determinado pela Prefeitura, e as regras do edital exigem que o Flamengo ofereça garantias de que pode arcar com a diferença, caso o processo judicial determine um valor maior no futuro.
Dívida do Corinthians e comparação com Flamengo
Sánchez, que presidiu o Corinthians entre 2007 e 2012, é considerado um dos responsáveis pela construção da Neo Química Arena. A construção do estádio só foi possível graças ao apoio do governo federal, que escolheu São Paulo para a abertura da Copa do Mundo de 2014 e optou pela construção de um novo estádio em vez da reforma do Morumbi.
Com isso, o Corinthians obteve acesso ao terreno em Itaquera e a um financiamento exclusivo do BNDES para estádios da Copa. Atualmente, a dívida foi transferida para a Caixa Econômica Federal e ainda supera os R$ 700 milhões, mais de dez anos após a inauguração do estádio.
Pagamento à vista para Flamengo
O Flamengo, por sua vez, terá que pagar o valor do terreno desapropriado pela Prefeitura à vista, no leilão marcado para 31 de julho, caso queira garantir o imóvel para a construção de seu estádio no Gasômetro. Essa situação contrasta com a experiência do Corinthians, que contou com significativo apoio público e financiamento a longo prazo.
Repercussão
A crítica de Andrés Sánchez gerou repercussão nas redes sociais, especialmente entre os torcedores do Flamengo, que defendem a viabilidade do projeto e a transparência do processo de desapropriação e leilão. O tema também levantou discussões sobre o papel do poder público no apoio a grandes clubes de futebol e as diferenças nas políticas de incentivo entre estados e municípios.
A crítica de Sánchez destaca as complexidades envolvidas na construção de estádios e a importância do apoio público em projetos desse porte. O Flamengo, no entanto, segue determinado em seu objetivo de construir um estádio próprio, enfrentando os desafios financeiros e burocráticos com otimismo.
Destaques da matéria
- Críticas Públicas: Andrés Sánchez questiona valor do leilão do terreno para o estádio do Flamengo.
- Valor Não definido: Valor final do terreno no Gasômetro pode aumentar com o leilão.
- Dívida do Corinthians: Estádio do Corinthians ainda gera dívida de R$ 700 milhões após mais de uma década.
- Pagamento à vista: Flamengo terá que pagar à vista para garantir o terreno no leilão.
- Discussão Pública: Repercussão nas redes sociais sobre o apoio público a grandes clubes de futebol.