Flamengo adota novo método fiscal para premiação do Mundial de Clubes
Flamengo opta por modelo tributário inovador nos EUA para receber premiação do Mundial

O Flamengo inovou em sua estratégia tributária para participar do Mundial de Clubes nos Estados Unidos. Ao invés de abrir uma empresa no país, o clube optou por adotar o regime "effectively connected income" (ECI), recomendado pela Fifa e já utilizado por outras entidades esportivas em competições internacionais.
O regime ECI considera que atletas, técnicos e dirigentes estrangeiros atuam como agentes econômicos nos EUA durante o evento. Nesse sentido, eles serão tributados de acordo com o tempo de permanência no país, com impostos calculados com base em seus salários anuais.
A alíquota pode chegar a 37%, e o ônus dos encargos fiscais do Mundial recairá sobre os clubes. Por exemplo, um atleta com salário anual de US$ 1,2 milhão poderá ser tributado em cerca de US$ 98,6 mil, considerando uma estadia de 30 dias nos Estados Unidos, conforme informações do site 'Mundo da Bola'.
Além dos impostos individuais, o Flamengo precisará pagar 21% sobre o lucro da primeira fase do torneio. Esse valor corresponde à premiação líquida, descontados os gastos operacionais como transporte e hospedagem. Mesmo com a mudança de estratégia e a não abertura da empresa nos EUA, a taxa final permanece a mesma, indicando que a alteração do método não resultará em aumento da carga tributária nesta etapa.
Para mitigar os impactos dos impostos, a FIFA dividiu o "Pilar de Participação", no montante de US$ 15,21 milhões. Assim, 52% desse valor será tributado nos Estados Unidos, relacionado à participação direta no país, enquanto os 48% restantes, referentes a atividades externas como direitos de imagem, estarão isentos de tributação.
Valores adicionais vinculados ao desempenho no Mundial também estarão sujeitos a tributação. A Fifa fará os pagamentos até 30 de setembro, com montantes variáveis de acordo com o rendimento dos clubes na competição.