Indiciamento de Bruno Henrique do Flamengo por forçar cartão em jogo
Atacante do Flamengo é indiciado por suspeita de manipulação em partida.

A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, jogador do Flamengo, sob a acusação de ter forçado um cartão amarelo durante um jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, supostamente para beneficiar apostadores. Além de Bruno Henrique, outras pessoas também foram indiciadas nesse caso.
Investigações e Indiciamentos
Entre os indiciados estão Wander Nunes Pinto Júnior, irmão de Bruno Henrique, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador, que realizaram apostas. Além disso, um segundo grupo de apostadores, formado por amigos de Wander, também foi identificado nas investigações.
Bruno Henrique e seu irmão foram indiciados com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de fraudar o resultado de competições esportivas, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão, além do crime de estelionato, com pena de um a cinco anos de prisão. Os demais envolvidos foram indiciados por estelionato.
Desdobramentos e Posicionamento
Após a publicação do indiciamento pelo site "Metrópoles", a assessoria de Bruno Henrique, em contato com o ge, informou que o jogador não se pronunciará no momento. Todos os envolvidos foram alvo de busca e apreensão realizada no ano anterior, com a presença de agentes federais em diversos endereços ligados a Bruno Henrique, inclusive no Centro de Treinamento do Flamengo.
As investigações tiveram início após relatos de operadores de apostas no Brasil sobre movimentações suspeitas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique no jogo contra o Santos. O atacante, que já estava pendurado com cartões amarelos, acabou sendo advertido nos acréscimos da partida.
Desfecho e Procedimentos
Apesar das suspeitas, o Flamengo optou por não afastar Bruno Henrique do time, e o jogador se manifestou sobre o caso após a conquista da Copa do Brasil. O assunto também foi levado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que considerou não haver elementos suficientes para a abertura de um inquérito.
O relatório da Polícia Federal seguirá para análise do Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá sobre a apresentação ou não de denúncia a respeito do caso. O desfecho desse episódio traz à tona questões importantes sobre a integridade e transparência no mundo do esporte, especialmente no futebol.