Investigação detalhada: Novos desafios no terreno do estádio do Flamengo
Nova diretoria do Flamengo enfrenta obstáculos inesperados na construção do estádio.

A nova diretoria do Flamengo liderada por Luiz Eduardo Baptista e Flavio Willeman está revendo com cautela os planos de construção do novo estádio no terreno do antigo gasômetro. Diferentes da gestão anterior, a atual administração se depara com desafios imprevistos, como a presença de uma tubulação de gás no local, o que tem levado o projeto a uma análise minuciosa.
Desafios iniciais
O recente estudo de viabilidade encomendado pela direção atual destaca a falta de transparência nos custos para a execução da obra deixada pela gestão anterior. Além disso, a descoberta da tubulação de gás no terreno tem sido um entrave significativo para a continuidade do projeto, exigindo uma reavaliação completa.
Fontes da nova administração afirmam que a compra do terreno foi realizada sem os devidos cuidados pela diretoria anterior, resultando em desafios financeiros e estruturais imprevistos. Diante disso, a contratação da Fundação Getúlio Vargas foi uma medida essencial para avaliar os impactos e os custos reais de concretização do estádio.
Novas exigências
Recentemente, o presidente Bap foi oficialmente informado pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) sobre a necessidade de encontrar uma solução para a realocação da infraestrutura de gás no local. Esta questão, que envolve a Estação de Regulagem e Medição (City Gate), tornou-se um ponto crucial para a continuidade das obras no terreno adquirido pelo clube.
Embora a antiga gestão do Flamengo estivesse alinhada com a Prefeitura do Rio em relação aos custos de remoção da tubulação, a nova diretoria enfrenta desafios adicionais que podem impactar significativamente o andamento do projeto.
Revisão necessária
O foco da atual gestão tem sido compreender integralmente os custos envolvidos na construção do estádio. Apesar dos projetos anteriores, a análise de viabilidade econômica foi considerada insuficiente, levando a uma revisão completa. Com projeções de despesas na ordem de R$ 1,9 bilhão, o novo estudo busca estabelecer de forma precisa o orçamento e o prazo necessário para a conclusão da obra, considerando os desafios já identificados.
Diante da incerteza em relação aos custos totais e ao cronograma do projeto, a nova diretoria optou por adotar uma postura mais cautelosa, afastando a possibilidade de conclusão das obras até 2029. A prioridade é garantir que a construção do estádio não comprometa as finanças do clube, mesmo que isso signifique recomeçar do zero.
Visões conflitantes
Alguns membros da gestão anterior acreditam que o atual presidente sempre foi contra a construção do estádio e que utilizará os desafios encontrados como justificativa. Por outro lado, a nova diretoria considera que investir em um estádio próprio pode não ser o melhor caminho para o Flamengo, defendendo a permanência no Maracanã, cuja concessão se estende por mais duas décadas.
Assim, a atual administração enfrenta uma série de dilemas e decisões complexas diante dos obstáculos inesperados no terreno do futuro estádio do Flamengo, buscando conciliar as expectativas dos torcedores com a sustentabilidade financeira do clube.