Pedro pode romper contrato com Flamengo, após agressão
Advogado explica as decisões judiciais cabíveis no caso de Pedro
O advogado Luiz Guilherme Barbosa concedeu uma entrevista esclarecedora ao programa Boleiragem, discutindo as possíveis consequências da agressão sofrida por Pedro, do Flamengo, pelo preparador físico Pablo Fernandez, em relação ao contrato do centroavante com o clube.
O incidente ocorreu no vestiário do Independência, após um desentendimento sobre o aquecimento durante o jogo. Após o atleta expressar sua relutância em participar do aquecimento caso fosse utilizado na partida, o preparador físico argentino deu tapinhas no rosto de Pedro. Incomodado, o jogador retirou a mão de Hernandez de seu rosto, e o preparador reagiu desferindo um soco contra o atleta.
Atualmente, existem duas correntes de pensamento em relação ao caso. Uma delas acredita que Pedro não poderia pedir a rescisão por justa causa, argumentando que a agressão partiu de um colega de trabalho. "No entanto, é importante notar que essa tese pode estar relacionada ao possível vínculo do preparador físico com Sampaoli e não diretamente com o Flamengo, o que requer uma análise mais aprofundada do contrato para confirmar", relata o advogado Luiz Guilherme Barbosa
A outra corrente de pensamento, que é majoritária, entende que Pedro poderia solicitar a rescisão por justa causa, com base na subordinação jurídica que ele possui em relação ao preparador físico. "Neste caso, alega-se que Pedro estaria sujeito a seguir as ordens do preparador em relação a horários e condutas durante o treinamento, e sua ausência poderia ser considerada como uma falta disciplinar. Essa visão tem o apoio de membros da justiça do trabalho", finaliza o jurista.
No sábado, o incidente causou uma turbulência no ambiente do Flamengo, e agora o clube se prepara para enfrentar o Olimpia pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, no Maracanã, na próxima quinta-feira, às 21h.
Fonte: Globo esporte
