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Flamengo Avança na Construção do Estádio Próprio: Terreno no Gasômetro em Negoci

O Flamengo negocia com a Caixa e a Prefeitura do Rio a compra de terrenos para a construção do seu e

Redação
Foto: Prefeitura do Rio/Cdurp Projeto de estádio do Flamengo no Gasômetro, na região do Centro do Rio

O Flamengo se aproxima de um passo importante para a construção do seu estádio próprio. Há duas possibilidades para a aquisição da área na zona portuária do Rio de Janeiro: a Caixa aceitar negociar o local ou a Prefeitura realizar a desapropriação.

O clube decidiu investir em dois terrenos que totalizam 104 mil metros quadrados na área do Gasômetro. Um deles tem 87 mil metros quadrados, destinado à construção do estádio, e o outro, de aproximadamente 17 mil metros quadrados, será transformado em estacionamento. Ambos pertencem ao fundo de investimento administrado pela Caixa.

Negociação com a Caixa

Na reunião da última segunda-feira, a Caixa se comprometeu a apresentar o valor final nesta sexta-feira. O Flamengo espera receber um preço justo para iniciar a negociação de compra, que deve se estender pelos próximos meses. A tendência é que não haja atualizações nos próximos dias, pois o presidente Rodolfo Landim e seus pares estão em viagem ao exterior. As conversas devem ser retomadas após o retorno ao Brasil.

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Um recente laudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) avaliou o terreno de 87 mil metros quadrados em R$ 240,5 milhões. A Caixa, no entanto, entende que o valor é bem superior devido à valorização na região da zona portuária, estimando o local em aproximadamente R$ 400 milhões.

Desapropriação pela Prefeitura

O apoio da Prefeitura do Rio, que defende o projeto Rubro-negro para potencializar a região, é um trunfo do Flamengo nas negociações com a Caixa. O prefeito Eduardo Paes afirmou que irá desapropriar a área se não houver redução nos valores pedidos ao clube.

A desapropriação de terreno privado pelo Poder Executivo está prevista na Constituição, desde que haja interesse público e pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro.

O Flamengo e a Prefeitura trabalham para evitar o confronto com a Caixa, considerando a desapropriação como última opção. Uma alternativa é utilizar o potencial construtivo da Gávea para reduzir os gastos do clube. Landim acredita que a transferência do "potencial construtivo" da Gávea é a melhor solução para viabilizar a compra do terreno do Gasômetro.

Potencial Construtivo da Gávea

O fato de a Gávea ter o metro quadrado muito mais valorizado do que a zona portuária do Rio de Janeiro atenuaria os custos da compra do terreno. O Flamengo estima que o potencial construtivo da sede esteja na casa dos R$ 500 milhões. Esse valor pode ser usado na transação com a Caixa ou para viabilizar a construção da arena. A definição entre essas alternativas será de acordo com o projeto que tramitará na Câmara dos Vereadores.

O potencial construtivo se refere ao quanto é possível construir em um terreno respeitando as características da zona da cidade. A Transferência do Direito de Construir (TDC) é o instrumento urbanístico que permite utilizar esse potencial em outro lote, vendê-lo ou doá-lo ao poder público.

Propostas do Flamengo

Em uma das reuniões, o Flamengo informou à Caixa que aceitaria pagar até R$ 250 milhões pelos 87 mil metros quadrados do maior terreno, valor próximo ao sugerido pela FIPE. Considerando o valor máximo, o clube desembolsaria R$ 2.873 por metro quadrado, valor maior do que a Caixa cobra da Prefeitura na Justiça. Os dois terrenos somados, chegando a 104 mil metros quadrados, custariam R$ 298 milhões.

O valor pode ser menor se a Caixa aceitar vender pelo mesmo preço cobrado da Prefeitura na Justiça: R$ 2.018 por metro quadrado. Nesse caso, o terreno do Gasômetro custaria pouco mais de R$ 210 milhões.

Investimento e Modelo de Gestão

O Flamengo acredita que fará um investimento entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões para a construção do estádio, incluindo o valor da compra do terreno. Landim defende a implementação da SAF para que a arena seja erguida sem endividamento e sem prejudicar o investimento no futebol.

O Bayern de Munique é citado como exemplo pelo presidente do Flamengo. O clube alemão abriu uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para três companhias alemãs, mantendo parcerias de longo prazo. Adidas, Allianz e Audi possuem 8,3% cada da empresa Bayern, enquanto a associação preserva 75% e o controle.

Embora a mudança de modelo não seja simples e a SAF ainda esteja longe de ser implementada no clube, Landim iniciou conversas com possíveis investidores de fora do Brasil. Segundo ele, há interesse tanto de fundos de investimento quanto de empresas.

Projeto do Estádio

Se o Bayern é o modelo de gestão, o Real Madrid tem o estádio mais semelhante ao que o Flamengo projeta construir no Gasômetro. As características estão definidas: será vertical como o Santiago Bernabéu, com capacidade para 80 mil pessoas e com setor popular, similar ao antigo Maracanã.

Destaques da Matéria

  • Flamengo avança na negociação para construção do estádio próprio.
  • Terreno no Gasômetro é a área escolhida para o novo estádio.
  • Prefeitura apoia o projeto e pode desapropriar a área se necessário.
  • Uso do potencial construtivo da Gávea pode reduzir custos do clube.
  • Investimento estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

Com informações do site ge.globo.

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